segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Entrevista a Noot Seear

Nova entrevista com Noot Seear
A revista Interview tem uma nova entrevista com a modelo e atriz, Noot Seear, que será nossa vampira Heidi em New Moon.
Após ter passado metade de sua vida como modelo, Noot Seear, de 25 anos, é agora uma vampira. E não é qualquer vampira: uma vampira de Crepúsculo, a verdadeira prova de imortalidade. No aguardado Lua Nova, o segundo filme da série de sucesso, Seear é Heidi, a vampira que atrai turistas para alimentar seu clã de vampiros italianos. Quando sentamos para essa conversa, a canadense admitiu que está mais para grunge do que para gótica. E revelou alguns detalhes de sua participação no filme. Falou da história por trás de seu nome. E garantiu que não deixará a infância de fantasias embaraçosas de Halloween entrarem em seu caminho.


DARRELL HARTMAN: O que você teve que fazer para o papel?

NOOT SEEAR: Ficar sem tomar sol por dois meses. Foi horrível, e totalmente desnecessário já que eles usaram maquiagem em mim de qualquer jeito. E as lentes de contato que eram horríveis de usar. Era como esquiar numa tempestade de neve. Não conseguia ver nada.

DH: E o seu figurino?

NS: Um vestido vermelho, luvas até os cotovelos e grandes saltos altos.

DH: Um vestido? Mas é uma saia no livro.

NS: Eu sei! Eu não precisei mostrar muito a minha perna.

DH: Pelo menos no livro, a cena da Heidi é curta. Como foi filmá-la?

NS: Os sets eram de tirar o fôlego. Enormes, como um palácio. Eu acho que a pior parte para mim foi quando eles deram as falas para eu treinar. Na hora de gravar, eram falas totalmente diferentes. Eu surtei. Dan (Cudmore) estava, “Se acalme, está tudo bem.” Eles se preocupam muito com o roteiro. E foi legal porque no dia que gravei, todos estavam lá: Dakota, Rob, Kristen. Eu conheci todos eles, e eles foram muito legais comigo. Tinha medo que não fosse assim.

DH: Você passou boa parte de sua vida trabalhando como modelo? Como foi que tudo começou?

NS: Eu era muito jovem quando tive que viver sozinha em Nova York, só 13 anos. Tinha acabado a oitava série e odiava a escola. Frequentei umas 13 escolas diferentes em oito anos. Conheci minha agente, fui para Nova York e comecei a trabalhar com Mario Sorrenti. E foi assim. Eu era muito mimada, não queria voltar para escola. Comecei a ter aulas particulares e continuei em Nova York.

DH: Você acha que perdeu os momentos mais importantes da adolescência?

NS: Eu sei que perdi o baile, essas coisas. Mas acho que aprendi ainda mais viajando pelo mundo todo. Acho que eu tinha que começar uma vida. Eu tenho 12 anos de carreira, levando tudo a sério, tendo que aparecer no horário para trabalhar, e mesmo se eu tivesse estudado, estaria agora procurando construir minha vida. Mas havia os contras.

DH: Quais?

NS: Você é jogada neste mundo e está completamente sozinha o tempo todo. Você vai ao trabalho sozinha, fica em hotéis sozinha.

DH: E – eu tenho que perguntar, já que estamos falando de Crepúsculo – tem algum romance rolando?

NS: Não. Isso é uma das piores coisas nessa indústria. Há vários “predadores”. Você precisa ter cuidado. Mas eu tive sorte. Faz 12 anos que tenho a mesma agente, e ela me guiou para que eu fizesse as escolhas certas.

DH: Quando foi que você começou a atuar?

NS: Sempre quis ser atriz. Tenho tido aulas de atuação há anos com Alan Savage. Mas ele nunca deixou que eu fizesse testes para nada. Ele dizia, “Você só tem uma chance com esse pessoal, e se for lá e não der certo, nunca conseguirá outra oportunidade.” Ele me fez esperar e estava certo. Ao invés de ter que interpretar a gostosa nos braços de um cara qualquer, esse papel apareceu.

DH: Fiquei sabendo que você está se mudando para West Coast.

NS: Estou sim. Várias portas foram abertas para mim por causa deste filme. Estou trabalhando em dois filmes independentes. Tirei minha carteira de habilitação há dois meses e agora eu posso dirigir.

DH: Você sentirá falta de Nova York?

NS: Eu tive uma carreira de sucesso em Nova York. 12 anos! A maioria das modelos aparecem e são superexpostas. Fazem todas as campanhas, ganham muito dinheiro e depois de dois anos são esquecidas. Minha agente teve que recusar várias propostas porque ela queria que eu fosse sempre novidade. Eu nunca virei um nome conhecido.

DH: Falando disso: Você nasceu como Renata. E como mudou para Noot?

NS: Foi de uma musiquinha que minha mãe costumava cantar. Eu vou ter que cantar?

DH: Vai sim.

NS: Sempre tentei ser Renata. Ainda tento ser Renata. Todas as vezes que mudava de escola, sempre começava como Renata e uma hora mudou para Noot. Quando me mudei para Nova York, já existia uma modelo famosa chamada Renata na minha agência. Aí não pude evitar. É o nome mais ridículo que existe.

DH: Em algum lugar na internet, alguém disse que significa noz em holandês.

NS: É verdade. Todo mundo pensa que eu sou holandesa, mas quando eu vou a Amsterdã, eles dizem, “O quê? Qual o seu nome? Noz? Sério?

DH: Você teve uma fase gótica?

NS: Grunge, não gótica. Mas há alguns aspectos em ser uma vampira com os quais me identifico. Minha personagem tem mais de 300 anos, e às vezes eu sinto que já vivi tudo isso.

DH: O que você vestia no Halloween?

NS: Pris, de Blade Runner. Isso foi há dois anos. Minha mãe é inglesa. Eles não celebram o Halloween lá, e ela sempre achou isso bobagem e se recusava a gastar dinheiro com fantasias. E quando eu era criança, eu me fantasiei de saco de lixo. Eu lembro que ela cortou dois buracos no fundo de um saco de lixo e costurou isso nas minhas calças e também na minha camiseta. Teve um ano em que ela me deu um guarda-chuva com várias tirinhas: eu era uma água-viva. Fiquei um pouco traumatizada com isso.

DH: Que engraçado. Você lia livros quando era menor?

NS: Eu era um pouco nerd. Gostava de uma HQ chamada Battle Angel Alita. Ela era maravilhosa – meia humana, meia robô que corria e voava. E eu realmente gostava de Robotech e Japanime, coisas desse tipo.

DH: Você esteve na Comic-Com para promover Lua Nova, não?

NS: Foi maravilhoso. Acho que foi quando eu realmente percebi o tipo de produção com a qual estou envolvida.

DH: E o que foi exatamente?

NS: Os gritos. Todos os tipos de gritos. Nunca tinha escutando gritos tão altos, tantas garotas de uma vez só. Elas gritavam por tudo, se o Rob mexesse no cabelo ou se o Taylor acenasse para alguém.

DH: Alguém te reconheceu enquanto você andava pela Comic-Con?

NS: Não, mas teve gente no elenco que teve que se disfarçar para não ser reconhecido. De peruca, óculos e boné.

DH: Funcionou?

NS: Sim, incrivelmente

DH: O Robert Pattinson estava com você?

NS: Não, ele não estava. Mas ele precisaria usar algum disfarce, senão seria atacado pelas meninas.

DH: E os meninos ficaram surpresos ao verem uma modelo andando pelo evento?

NS: Não. Acho que eles estavam tão entretidos com os videogames e os bonecos que a última coisa que fariam era notar que eu estava lá.



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